Upcycling é a junção de “up” com reciclagem, ou seja, significa
transformar materiais que iriam para o lixo em produtos de maior valor agregado,
dando-lhes um novo status. Porém, ao contrário da reciclagem pura e simples,
aqui a matéria-prima não precisa “morrer” para renascer. O upcycling permite
criar soluções sem que o objeto mude seu estado químico no processo. Seria
reutilizar de forma criativa.
No Dia do Meio
Ambiente, nada melhor do que falar disso e lembrar o quanto desperdiçamos
tanta coisa que poderia ser reaproveitada, deixando de poluir nosso planeta.
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Foto: Superinteressante
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Podemos começar nosso papo distinguindo os termos
reutilizar de
reciclar. Reutilizar é usar novamente algo dando nova função ou
roupagem. É a chance de aproveitar todas as possibilidades de uso. Assim,
aquele disco de vinil antigo pode se tornar um lindo revisteiro, ou xícaras de
porcelana podem se transformar em castiçais para velas coloridas. Basta um
olhar mais apurado e criativo e um pouco de habilidade para reutilizar muitas
embalagens e objetos que todos temos em casa. O reuso permite reduzir a demanda
de consumo que alimenta as cadeias produtivas e com isso diminui-se a poluição
do meio ambiente.
Já reciclar envolve um novo ciclo de produção (re-ciclar). A
reciclagem é uma atividade produtiva que gera renda, emprego, economia de
energia e reaproveitamento de matérias-primas. Ou seja, é uma atividade
sustentável, já que evita extrair recursos primários da natureza.
Para que a reciclagem aconteça, o primeiro passo é separar o
lixo adequadamente. Infelizmente, pesquisa do IPEA mostrou que somente 8% dos
municípios brasileiros têm estrutura para reciclagem.
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Diante do cenário em que vivemos, de esgotamento de recursos
naturais e altos índices de poluição das cidades, a mudança de atitudes é
fundamental para garantir um futuro melhor para as próximas gerações. O consumo
responsável é um primeiro passo. Por que compramos? Pra quê? Será que realmente
precisamos de tanto? A escolha de produtos mais duráveis ou reutilizáveis reduz
o desperdício e a quantidade de resíduos gerados na produção. Preferir produtos
à granel, em vez de itens embalados em isopor ou plástico pode ser um caminho. Evitar
trocar de celular e outros eletrônicos. Recusar sacolas plásticas. Tudo
contribui em pequenas atitudes para melhorar nossa qualidade de vida no
planeta.
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As garrafas PET, que levariam mais de 200 anos para se
decomporem na natureza, na Rede Asta são transformadas em
petisqueiras,
colares,
bolsas e muitos outros itens.
O grupo
Mulheres da Reserva Botânica produz lindas
luminárias a partir de resíduos agrícolas que sobram da produção de palmito a
partir da pupunha. O material, chamado Vegplac, é um produto inovador e
sustentável, que permite criar produtos de grande qualidade e valor de mercado,
e ainda contribui para o meio ambiente.
Outro insumo que permitiu a criação de produtos é o banner e
o malote bancário. Ambos estão na cadeia produtiva da Rede Asta na confecção de
bolsas.
E o jornal? Não esquecemos dele. Pense na quantidade de
papel que é jogada fora diariamente. Os jornais podem ser trabalhados e virar
porta-retratos e
bijuterias.
O serviço
Asta para Empresas através do projeto Upcycling utiliza resíduos que as próprias companhias geram, para criar produtos via grupos produtores de artesãos. Esses grupos podem já fazer parte da Rede Asta ou são identificados no entorno da empresa. Os produtos criados dão novo valor ao que iria parar no lixo e se tornam brindes corporativos que têm a marca da sustentabilidade.
Quando se coloca a natureza e o planeta em primeiro lugar,
tudo se aproveita. Basta criatividade, vontade e conhecimento. E você, o que
tem feito pra contribuir com o meio ambiente?