segunda-feira, 30 de junho de 2014

Conheça as Mulheres da Reserva Botânica

Gilberto era um homem que gostava muito de plantas, tanto que colecionava palmeiras em sua casa em Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Mas as palmeiras ocupavam muito espaço e ele precisava achar um paraíso para elas. Buscou e encontrou uma terra fértil na região do Norte Fluminense, onde viu a maior moita de Geonoma schotiana (uma palmeira de Mata Atlântica), de sua vida. Era sua palmeira preferida! Gilberto levou quase 4 anos pra conseguir comprar aquela parte da terra e batizou seu pedacinho de paraíso de Reserva Botânica das Águas Claras.

Com o tempo, foi comprando propriedades do entorno. Tentou cultivar coco, mas precisava de muito agrotóxico, por isso não quis. Um amigo sugeriu: por que você não planta pupunha? A pupunha é um tipo de palmeira da região Norte do Brasil, de onde se extrai o palmito.  A dica foi ótima, pois a plantação deu muito certo. A fazenda começou a se desenvolver e o negócio do palmito cresceu lá pelo ano de 1995. Ele então chamou mais gente para trabalhar e deu prioridade para mulheres, pois sempre acreditou em sua capacidade. O serviço de poda das moitas de palmito requeria delicadeza no trato com a foice e ele queria também ajudar as mulheres e suas famílias. A esposa, Mônica, fez questão de assinar a carteira das trabalhadoras, coisa rara nas lavouras da região, pois a maioria contratava temporariamente conforme a necessidade. Trabalhavam meio expediente e no resto do tempo podiam cuidar de suas famílias. As primeiras mulheres contratadas foram Elciléia, Maria e Almerita.

Um dia, Gilberto veio a falecer e a fazenda ficou um pouco abandonada, sendo necessário demitir algumas trabalhadoras. Mas sua filha, Cecília Freitas, bióloga, resolveu assumir o negócio para não ver o sonho do pai acabar assim tão de repente. Ela contratou novamente as três mulheres e mais suas filhas para a roça. O cultivo do palmito voltou com força total, mas para Cecília faltava algo. Visitando eventos, ela conheceu o pessoal super criativo da Matéria Brasil, antes chamada Fibra Design Sustentável, que havia inventado um compensado feito da pupunha. Pelo projeto, foram até premiados. Mas as palmeiras de Cecília não serviam para o compensado, pois, para retirar a madeira, era preciso deixar a pupunha crescer aproximadamente dez anos. Para o palmito corta-se a palmeira com no máximo três anos.
Mas Cecília queria mesmo fazer algo novo nas terras da família. Então combinou com o pessoal da Fibra Design que iria desenvolver um produto para revestimento de interiores similar a outro que tinham, só que em vez de usar bananeira, como o original, usaria a pupunheira. Nesse meio tempo, Cecília uniu-se a Mônica Castedo, fonoaudióloga e artesã com experiência em papel artesanal, que se tornou sua sócia. Pesquisaram muito e chegaram a uma chapa de fibra de pupunha, com acabamento impermeável e segura para o meio ambiente: o VegPlac. Fundaram a empresa Kaapora Design. As mulheres, que antes trabalhavam na lavoura, foram convidadas a atuar no desenvolvimento deste novo negócio, sobretudo as mais idosas, já cansadas do sol forte na lida com a terra.

O material como revestimento não passou no controle de qualidade das duas e nunca foi para o mercado. Foi então que, em 2012, depois de três anos de pesquisa e com os recursos para investimentos chegando ao fim, decidiram que tinha chegado a hora de ganhar algum dinheiro. Organizaram uma oficina criativa junto com suas funcionárias e criaram os primeiros produtos de decoração feitos com VegPlac. Surgiram então as primeiras luminárias e móbiles artesanais. Nesse movimento, perceberam que ali havia um grupo forte, que poderia crescer e gerar renda extra para essas famílias. Foi assim que surgiu o “Mulheres da Reserva Botânica”: com as funcionárias da Kaapora Design e suas filhas e netas se juntando ao grupo. Organizaram o primeiro Bazar da Chácara, em Santa Teresa e foi um sucesso! Mônica, que já conhecia a Rede Asta de outro projeto, apresentou alguns produtos. E foi assim que passaram a fazer parte da Rede com uma luminária que produziam.

“Temos a oportunidade de dar continuidade ao nosso trabalho,
de estar perto de nossas casas e trabalhar com nossas famílias.”
Elciléia

Na época, todos os produtos do Mulheres da Reserva Botânica tinham tons naturais, das cores das fibras utilizadas. O local de confecção do VegPlac se caracteriza pela produção de água, logo o uso de corantes químicos não é recomendado. Os naturais (açafrão da terra, gengibre, urucum...) não fixavam bem, ficando rapidamente desbotados. Foi aí que a Rede Asta fez toda a diferença na vida destas mulheres artesãs. Um dia, pediram alguns tecidos doados por confecções à Rede Asta, para criar um processo que desse cores às luminárias. Cecília afirma que os produtos ganharam nova vida e se tornaram objeto de desejo de muita gente. A translucidez das fibras, aliada à cor das estampas sob o efeito da luz, cria objetos vivos. Cada luminária ganhou uma personalidade e uma poesia próprias. Passaram a fazer enorme sucesso em feiras, eventos e também nos canais de venda da Rede Asta. Segundo as “Mulheres”, o ganho estético com a chegada da Rede Asta foi primordial a partir da aplicação da cor dos tecidos nos produtos.

O grupo Mulheres da Reserva Botânica cresceu, ganhou em produtividade e mercado. Buscaram adequação da instalação elétrica junto ao INMETRO, melhoraram as caixas de transporte dos produtos, aprimoraram os insumos e ganharam em profissionalismo.

Hoje a produção é de até 60 chapas de VegPlac por dia com uma face em cor. A produção é toda artesanal durando até quatro dias para se obter a chapa. Primeiro criam a massa com os resíduos da pupunha, depois secam, esticam na prensa e em seguida dão o acabamento impermeável, juntamente com a estampa ou fibras aplicadas. Todo o processo é de baixo impacto ambiental.

Em julho de 2013 foi feita uma oficina de tecelagem para as adolescentes, visando dar a elas uma capacitação que evitasse a evasão de mão de obra, fato que vem acontecendo na região. O sucesso foi tanto que as meninas se uniram ao projeto social e montaram uma linha de tecelagem usando linha, lã e tecido rasgado, criando echarpes e almofadas que vieram a se somar às luminárias na linha de produtos das Mulheres da Reserva Botânica.


quinta-feira, 26 de junho de 2014

Projeto Copa Artesanal une Apex-Brasil, Rede Asta e o talento de artesãs brasileiras


Artecan - Trairi (CE)
Pense em uma árvore de onde tudo se aproveita, da folha ao caule, do fruto à casca. Esta árvore existe e se chama Buriti, que, por permitir seu total aproveitamento, é como uma árvore-mãe, garantindo a sobrevivência de comunidades inteiras no Nordeste, Centro-oeste, Amazônia e Sudeste do Brasil. O Buriti foi inspiração para um projeto que uniu a Rede Asta e a Apex-Brasil (Agência Brasileira dePromoção de Exportações e Investimentos). Trata-se do projeto Copa Artesanal, que foi desenvolvido em cinco cidades brasileiras por seis grupos produtivos de artesãs, cada um com sua arte e seu talento.

Associação Miriam Porto Mota (CE)
O desafio era criar um produto feito à mão com as características do artesanato brasileiro nascinco cidades onde a Agência fará ações para a Copa do Mundo da FIFA™: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza e Distrito Federal.  Como inspiração para a criação escolhemos o Buriti, simbolizando a flora brasileira e a versatilidade do nosso povo. A árvore deveria estar presente no design da peça a ser criada: uma capa de almofada. A geração de renda para os grupos envolvidos também estava no escopo do projeto, como uma forma de incentivar o empreendedorismo e o desenvolvimento de suas habilidades.

Foram dois meses de projeto, da escolha dos grupos nas cinco cidades à entrega das almofadas, passando pela pesquisa do conceito e materiais, aprovação dos protótipos e criação da embalagem. Nesses sessenta dias em que estivemos junto à Apex-Brasil, descobrimos grandes artesãs e suas belas histórias de vida, como a das rendeiras do Artecan, de Trairi, ou das mulheres que criam lindas frutas feitas de tecido na Cooperativa Dedo de Gente (Minas Gerais). Foi um projeto intenso e desafiador, mas muito inspirador para todas nós. Além desses grupos, participaram do projeto outros quatro: Ecopolo (Rio de Janeiro), Arte Candanga (Distrito Federal), Associação Miriam Porto Mota (Ceará) e Tecoste Confecções (São Paulo).

Arte Candanga (DF)

Os itens criados, cinco padrões de capa de almofadas exclusivos, geraram um total de 2.000 peças feitas e embaladas à mão, que mostrarão o artesanato brasileiro aos parceiros da Apex-Brasil que estão chegando ao nosso país por ocasião do evento.

Ecopolo (RJ)
Para nós, da Rede Asta, é um prazer ver o quão longe o trabalho e o talento desses artesãos pode ir. Obrigada à Apex-Brasil pela oportunidade e a todos que contribuíram para que este projeto tivesse êxito.

Um pouco mais sobre a Apex-Brasil


A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) atua estrategicamente para inserir mais empresas brasileiras no mercado internacional, por meio de ações de promoção comercial e atração de investimentos. Seu trabalho visa a promover exportações de produtos e serviços dos diversos setores da economia brasileira, desenvolver a competitividade destas empresas e atrair investimentos estrangeiros diretos para o Brasil.

Tecoste (SP)
Produto entregue à Apex-Brasil

Durante a Copa do Mundo da FIFA™, o Projeto Copa do Mundo da Apex-Brasil trará 2.300 compradores, investidores e formadores de opinião estrangeiros ao Brasil para realizar agendas de negócios e acompanhar os jogos do mundial. Neste período, a Agência desenvolverá ações que visam a estimular as exportações brasileiras e captar investimentos, bem como projetar a imagem comercial do Brasil no mercado internacional. O projeto é desenvolvido em parceria com mais de 700 empresas e entidades setoriais brasileiras. É neste contexto de negócios que o projeto Copa Artesanal realizado em parceria pela Apex-Brasil e Rede Asta está inserido.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Viva São João!


"São João, São João, acende a fogueira do meu coração!" 

Quem nunca cantarolou essa música tão tradicional que atire a primeira pedra (na fogueira!). Hoje é Dia de São João, um dos santos mais queridos e festejados por todo o Brasil. Especialmente no Nordeste, os festejos duram todo o mês de junho e são verdadeiras atrações turísticas reunindo milhares de pessoas de todo o Brasil e de fora dele.

"O céu fica todo iluminado, fica o céu todo estrelado, pintadinho de balão!"

Campina Grande, na Paraíba, é considerado o maior São João do mundo! Com suas disputas de quadrilhas, grupos de forró, farta comida típica e muita animação, a cidade abraça sua vocação para ser um pólo de difusão da tradição dos festejos juninos.

Alavantú! Anarriê!


Essas e outras palavras enigmáticas vieram do francês. O bailado das quadrilhas tem origem holandesa, com influência portuguesa, da Ilha dos Açores, e também inglesa. Os passos lembram os minuetos, mas ganharam um apimentado brasileiro e um gingado caipira que não deixa ninguém ficar parado. Na hora da festa vale quem tem mais empolgação!

Bandeirinhas coloridas


Todo mundo que viveu uma infância criativa já tacou o nego na cola feita de arroz pra colar bandeirinhas no barbante, não é? Mas o enfeite também pode ser confeccionado com outros materiais, como retalhos de tecido. E já que nós da Rede Asta amamos transformar tudo que ia pro lixo em arte, pescamos (como nas barraquinhas de pescaria!) essas lindezas, feitas de tecidos multicoloridos. Quer ver como faz? Aqui tem



“Com a filha de João, Antônio ia se casar, mas Pedro fugiu com a noiva, na hora de ir pro altar!”

Na Rede Asta, nossas artesãs aproveitam ícones da cultura popular também para criarem seus belos produtos. As mulheres do grupo Nós do Ponto Chic, de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, criaram uma bolsa com reaproveitamento de malote bancário. E pra dar um toque de cor, colocaram lindas bandeirinhas que trazem o visual das festas juninas. Vai dizer que não é linda e super criativa?

Acenda a fogueira, ponha seu chapéu de palha e faça a festa. Pra animar, veja o vídeo e caia na quadrilha. São João agradece!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Reciclar idéias, materiais e produtos

Upcycling é a junção de “up” com reciclagem, ou seja, significa transformar materiais que iriam para o lixo em produtos de maior valor agregado, dando-lhes um novo status. Porém, ao contrário da reciclagem pura e simples, aqui a matéria-prima não precisa “morrer” para renascer. O upcycling permite criar soluções sem que o objeto mude seu estado químico no processo. Seria reutilizar de forma criativa.

No Dia do Meio Ambiente, nada melhor do que falar disso e lembrar o quanto desperdiçamos tanta coisa que poderia ser reaproveitada, deixando de poluir nosso planeta.

Foto: Superinteressante
Podemos começar nosso papo distinguindo os termos reutilizar de reciclar. Reutilizar é usar novamente algo dando nova função ou roupagem. É a chance de aproveitar todas as possibilidades de uso. Assim, aquele disco de vinil antigo pode se tornar um lindo revisteiro, ou xícaras de porcelana podem se transformar em castiçais para velas coloridas. Basta um olhar mais apurado e criativo e um pouco de habilidade para reutilizar muitas embalagens e objetos que todos temos em casa. O reuso permite reduzir a demanda de consumo que alimenta as cadeias produtivas e com isso diminui-se a poluição do meio ambiente.

Já reciclar envolve um novo ciclo de produção (re-ciclar). A reciclagem é uma atividade produtiva que gera renda, emprego, economia de energia e reaproveitamento de matérias-primas. Ou seja, é uma atividade sustentável, já que evita extrair recursos primários da natureza.

Para que a reciclagem aconteça, o primeiro passo é separar o lixo adequadamente. Infelizmente, pesquisa do IPEA mostrou que somente 8% dos municípios brasileiros têm estrutura para reciclagem.

Foto: Superinteressante
Diante do cenário em que vivemos, de esgotamento de recursos naturais e altos índices de poluição das cidades, a mudança de atitudes é fundamental para garantir um futuro melhor para as próximas gerações. O consumo responsável é um primeiro passo. Por que compramos? Pra quê? Será que realmente precisamos de tanto? A escolha de produtos mais duráveis ou reutilizáveis reduz o desperdício e a quantidade de resíduos gerados na produção. Preferir produtos à granel, em vez de itens embalados em isopor ou plástico pode ser um caminho. Evitar trocar de celular e outros eletrônicos. Recusar sacolas plásticas. Tudo contribui em pequenas atitudes para melhorar nossa qualidade de vida no planeta.

Foto: Superinteressante

Aqui na Rede Asta nossos grupos produtivosde artesãs criam produtos a partir do reaproveitamento de diversos materiais. Trabalhamos com tecidos doados por confecções que se transformam em toalhas, capasde travesseiro, almofadas, bolsas e muitos outros produtos.


As garrafas PET, que levariam mais de 200 anos para se decomporem na natureza, na Rede Asta são transformadas em petisqueiras, colares, bolsas e muitos outros itens.





O grupo Mulheres da Reserva Botânica produz lindas luminárias a partir de resíduos agrícolas que sobram da produção de palmito a partir da pupunha. O material, chamado Vegplac, é um produto inovador e sustentável, que permite criar produtos de grande qualidade e valor de mercado, e ainda contribui para o meio ambiente.


Outro insumo que permitiu a criação de produtos é o banner e o malote bancário. Ambos estão na cadeia produtiva da Rede Asta na confecção de bolsas.


E o jornal? Não esquecemos dele. Pense na quantidade de papel que é jogada fora diariamente. Os jornais podem ser trabalhados e virar porta-retratos e bijuterias.


O serviço Asta para Empresas através do projeto Upcycling utiliza resíduos que as próprias companhias geram, para criar produtos via grupos produtores de artesãos. Esses grupos podem já fazer parte da Rede Asta ou são identificados no entorno da empresa. Os produtos criados dão novo valor ao que iria parar no lixo e se tornam brindes corporativos que têm a marca da sustentabilidade.

Quando se coloca a natureza e o planeta em primeiro lugar, tudo se aproveita. Basta criatividade, vontade e conhecimento. E você, o que tem feito pra contribuir com o meio ambiente?


quarta-feira, 4 de junho de 2014

Como organizar o quarto das crianças

- Mãe! Ele pegou meu carrinho! 
- Peguei porque ele escondeu meu boneco!

Qual mãe nunca passou por uma situação dessas? Brigas por causa de espaços compartilhados podem acontecer nas melhores famílias. Por isso, é importante criar uma cultura de cooperação, organização e respeito desde tenra idade.

Irmãos com poucos anos de diferença podem dividir o mesmo espaço e conviverem harmoniosamente. Com beliches ou duas camas se o quarto comportar bem, é possível organizar tudo para que o convívio seja bom e tranquilo. É importante que cada um tenha seu cantinho e que, desde pequeno, se estimule a criança a ter o hábito de guardar seu brinquedo em local adequado.

Para ajudar os papais e mamães, aqui vai uma lista de coisas para botar a bagunça em ordem:

- Organizadores com etiquetas: bonecos, carrinhos, brinquedos de madeira, brinquedos de montar... a classificação pode ser feita conforme o acervo da garotada.

- Baús ou caixas plásticas para acondicionar objetos maiores, como bolas, raquetes de frescobol, skate e outros são bem-vindas e fazem a diferença. Se preferir, opte por bolsões de brinquedos que também são muito práticos.

- Prateleiras para colocar bonecos, livros e miniaturas, além de organizar, ajudam a criar um visual interessante e alegre.



- Cabides e ganchos nas paredes são ótimos para pendurar objetos como mochilas.

- Sobre armários ou em lugares mais altos coloque os brinquedos pouco usados.

- Móveis baixos são ideais para que as crianças possam pegar e guardar os brinquedos que mais gostam sem muita dificuldade.

Foto Casa e Jardim

- Gavetões sob a cama também são úteis na hora de ensinar os pequenos a deixarem tudo em seu devido lugar.

- Organizadores de gavetas ajudam a deixar meias sempre em ordem.

- Potes de cozinha, latas de refrigerante e caixas podem ser usadas para guardar lápis, tesouras e canetinhas.

- Sapateiras organizam os calçados da garotada ou, se preferir, separe um canto no armário para os sapatos. Guardando-os bem, eles irão durar mais. 

Outras dicas não menos importantes: se possível, crie áreas no quarto da criança voltadas para cada atividade. Um cantinho da TV e game, outro de estudo e leitura, e outro para brincadeiras contribui para que a criança divida melhor seu tempo entre as atividades durante o dia.

E por fim, ensine seu filho a reaproveitar as coisas. E para isso, nada melhor que exemplos. Participe de campanhas de doação e envolva os pequenos na separação dos objetos e entrega. Doar roupas, brinquedos usados, livros, tudo isso ajuda a desenvolver uma atitude de consumo sustentável. Você também pode ensinar a criança a usar os dois lados do papel sulfite para desenhar. São pequenos gestos que fazem a diferença para o mundo.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Brasil: vestir e investir

Nesse futuro próximo, que Brasil você quer vestir?













Em épocas de grandes eventos veremos todos vestindo a marca Brasil. Serão milhares de pessoas imbuídas de um só propósito, vibrando em um só coração, verde e amarelo. Que tal uma pausa em meio a toda essa festa para uma reflexão?

Vestir o Brasil.

Essa pequena frase pode se abrir em diversos significados. A partir dela podemos nos perguntar: que Brasil queremos vestir? Vestimos mesmo a camisa do nosso país? Contribuímos para o seu crescimento e do seu povo? Nos vestimos de Brasil apenas para ganhar o jogo da Copa ou uma medalha de atletismo? E que tal vestir-se de um Brasil diferente? Um Brasil de brasileiros anônimos, que produzem as camisas, as medalhas, as roupas que você usa e os adornos da sua casa? Podemos nos vestir dessa pátria, que vai muito além do ufanismo dos esportes, e com isso melhorar a distribuição de nossas riquezas, fazendo-as chegarem a quem mais precisa.

Antes de nos vestirmos, é preciso que alguém tenha produzido. E são essas pessoas que nós nunca vemos, são aquelas que ganham salário mínimo e se escondem atrás de máquinas. Ou pior, aquelas que estão do outro lado do mundo e que nós evitamos pensar sob que condições trabalham.

Chamamos você para uma reflexão com a gente. As famílias brasileiras consumiram em 2012 a soma de R$ 1,3 trilhão. Uma quantidade inimaginável de recursos. Infelizmente, isso não fez com que tivéssemos drástica diminuição da desigualdade no país. Fica aqui nosso convite: não vamos esperar que o governo resolva os nossos problemas sociais. Vamos usar nosso consumo diário como instrumento para mudar a realidade. Vamos consumir de forma coerente e consciente. Estimular o comércio justo, procurando produtos que são feitospor produtores artesanais, microempresas ou empresas brasileiras do bem.


“As famílias brasileiras consumiram em 2012 a soma de R$ 1,3 trilhão. Isso não causou grande diminuição da desigualdade social.”

Vamos vestir um Brasil diferente, que produz, reaproveita o lixo, aproveita as oportunidades. Uma nação empreendedora que existe, mas que precisa de pessoas para desbravá-la. Os consumidores podem e devem assumir seu papel de agentes de transformação! Você pode. Eu posso. Juntos, nós podemos mais.